sexta-feira, 3 de agosto de 2012

R7: Universidades defendem continuidade da greve

publicado em 02/08/2012 às 19h45:
  

Universidades defendem continuidade da greve

Novas assembleias devem acontecer esta semana

Agência Estado


Universidades federais em greve há mais de dois meses começam, nesta sexta-feira (3), a fazer assembleias para definir a estratégia que será adotada diante da decisão do governo de interromper as negociações com o movimento, afirmou a presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior), Marinalva Oliveira.

Nesta quinta-feira (2), o comando nacional da greve preparou um documento defendendo que as unidades mantenham a paralisação, recusem a proposta de acordo do governo apresentada semana passada e reivindiquem a retomada das negociações.


— Esperamos que até quarta-feira todas as universidades paradas se manifestem.


O sindicato representa 49 das 57 universidades em greve. Marinalva disse ter ficado surpresa com a decisão do governo de encerrar as negociações e considerar suficiente o acordo firmado com a Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais), que representa seis universidades paradas.

— Eles escolheram assinar um acordo com entidade que não tem legitimidade. Das 59 universidades federais, 57 estão em greve. Até o momento, somente a Universidade Federal de São Carlos manifestou disposição em aceitar a proposta do governo.

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, disse nesta quinta acreditar que o movimento começou a perder força e que nos próximos dias unidades retomarão as atividades. Ele reiterou que o governo não vai mudar a proposta.

Neste mês, duas versões foram apresentadas para o movimento grevista. A última prevê reajuste de aumento entre 25% e 40% até 2015, um plano de carreira com 13 níveis, em vez dos 17 inicialmente sugeridos - o que tornaria uma ascensão mais rápida e a criação de um grupo de trabalho para discutir mais detalhadamente a progressão na carreira. Nessa versão, o impacto no orçamento seria de R$ 4,18 bilhões, 7% a mais do que os R$ 3,9 bilhões previstos na primeira proposta.


— O aumento atenderia apenas 5% dos professores, aqueles em estágios mais altos na carreira.
Ela disse esperar que o ponto dos grevistas não seja cortado.


— Desde ano passado mostramos nossa disposição em conversar. Não fomos nós que interrompemos a negociação.


Existem no País cerca de 70 mil professores ativos nas universidades federais.

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