16/08/2012 - 06h00
Reitores contrariam orientação e não vão cortar salário de grevista
DE SÃO PAULO
Apesar da orientação
do governo para cortar o ponto de servidores em greve, os professores de
universidades federais não terão desconto no contracheque. A categoria está há
três meses parada.
Duração
da greve dos professores já preocupa formandos
Corte de ponto é "tentar apagar o fogo com gasolina", afirma sindicalista
Corte de ponto é "tentar apagar o fogo com gasolina", afirma sindicalista
Os reitores mantiveram ontem a decisão de não enviar ao Ministério do
Planejamento a relação de quem faltou, como haviam feito em julho.
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, já disse que os reitores
poderão ser responsabilizados por improbidade administrativa. Adams deu essa
declaração em entrevista à Folha e ao UOL (empresa controlada pelo Grupo
Folha, que edita a Folha) --veja abaixo.
Na semana passada, o Ministério da Educação pediu às universidades o
calendário de reposição das aulas.
"Feita essa programação, nós evitaríamos o desconto dos dias parados nas
universidades", disse ontem o ministro Aloizio Mercadante.
Trechos da entrevista com Luís Inácio Adams - 12 vídeos
Reitor que paga grevista pratica improbidade, diz
AGU (1:58)
Advogado-geral da União afirmou que TCU, CGU e Ministério Público deverão
apurar caso. Ele falou ao UOL e à Folha em 10 de agosto de 2012.
GREVE
O movimento grevista dos servidores públicos afeta, em potencial, mais de 60%
do quadro de trabalhadores do Poder Executivo federal.
Ainda que a adesão não seja total, as carreiras mais numerosas que participam
da paralisação somam 354 mil funcionários, para um total de 573 mil
trabalhadores em atividade na administração direta, autarquias e fundações.
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