sábado, 25 de agosto de 2012

FOLHA: Servidor que mantiver greve ficará sem reajuste, diz governo

25/08/2012 - 05h00

Servidor que mantiver greve ficará sem reajuste, diz governo

NATUZA NERY
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
 
 
 
O governo da presidente Dilma Rousseff decidiu dar um ultimato aos líderes grevistas: ou suspendem as paralisações ou não terão aumento algum.
 
 
 
 
 
O recado tem sido dado nas negociações. Nas palavras de um assessor presidencial, a máxima "é pegar ou largar". A ideia do governo é dar o reajuste apenas às categorias que aceitarem o acordo.
 
 
As categorias paradas têm até 31 de agosto para aceitar a proposta do governo de reajuste de 15,8% até 2015. Trata-se do prazo final, estabelecido em lei, para o envio do orçamento programado de 2013 ao Congresso Nacional.
 
 
O Ministério do Planejamento quer encerrar ainda neste fim de semana as negociações com todas as carreiras, já avisadas do limite orçamentário definido pela equipe econômica.
 
 
A expectativa é que, a partir de segunda, sejam assinados os acordos com os sindicatos que concordarem, não havendo mais espaço para discussões detalhadas.
 
 
Ontem o governo dizia ter sinais de que servidores do Legislativo também vão aderir ao acordo.
 
 
Joel Silva/Folhapress
Policiais rodoviários federais protestam em SP; governo diz que servidor que manter greve ficará sem reajuste
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DECISÃO
 
 
"A categoria vai assumir o ônus da decisão. Se rejeitar [a oferta], estará ciente do que está rejeitando. Só nos resta encaminhar", afirma Josemilton Costa, coordenador-geral do Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal).
 
 
Ele afirma que ainda não há uma definição sobre a continuidade ou fim da greve após o prazo legal de 31 de agosto. Na prática, a greve pode continuar, mas o Executivo não tem como atender às reivindicações após isso.
 
 
Ontem, técnicos-administrativos das universidades federais assinaram a proposta, terminando negociação entre governo e o setor de educação.
 
 
Editoria de arte/Folhapress
FIM DO DIÁLOGO
 
 
O governo deu por encerrado o diálogo com os professores de instituições federais.
 
 
Apesar de algumas universidades terem encerrado a paralisação, a maioria das 59 federais continuam sem aulas.
 
 
Oficialmente, o Ministério do Planejamento desde o início argumenta que os reajustes solicitados são inviáveis diante do cenário de crise econômica internacional.
 
 
Se toda a demanda fosse atendida, a União gastaria R$ 92 bilhões, metade da folha de pagamento atual. Mais: para o governo, os aumentos pedidos estão fora da realidade no serviço privado.


http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1143059-servidor-que-mantiver-greve-ficara-sem-reajuste-diz-governo.shtml

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