sábado, 30 de junho de 2012

JORNAL DA BAND: Greve em universidades afeta mais de 1 milhão

Assista à reportagem de ontem do Jornal da Band sobre a greve dos professores e servidores da educação federal. Acesse:


http://www.band.com.br/noticias/educacao/noticia/?id=100000513797

EDITORIAL DO GRUPO BANDEIRANTES CRITICA O MINISTRO DA EDUCAÇÃO POR NÃO ASSUMIR AS NEGOCIAÇÕES DA GREVE

No Jornal da Band de ontem, o Grupo Bandeirantes, por intermédio do âncora Joelmir Beting, criticou a passividade do Ministro Aloízio Mercadante em não assumir as negociações com os professores e servidores das federais em greve.

"Uma greve que fecha por 44 dias 57 universidades e 36 institutos federais é uma demonstração insistente de que não há mais limites para o desrespeito das autoridades pelo interesse da população. Este é o único sentido que se pode dar à passividade com que o Ministério da Educação testemunha este descalabro - que não só impede milhares de alunos de frequentar as aulas, como simplesmente fecha as portas de dezesseis hospitais de faculdades a uma multidão de doentes espalhados pelo país. O direito de greve exige responsabilidade na busca de soluções. As reivindicações devem ser discutidas e enfrentadas pelas autoridades, com sabedoria e coragem. Duas condições que faltam, neste momento, ao ministro da educação - ele mesmo um antigo grevista do setor que parece ainda não ter mudado de lado. Ou, então, morre de medo de seus antigos colegas de piquete."

 
Acesse o link abaixo e assista à divulgação do Editorial.

http://www.band.com.br/jornaldaband/videos.asp?v=986621c1a461a49e61ad57646eadeb69

sexta-feira, 29 de junho de 2012

PORTAL DE PAULÍNIA: De 59 universidades federais, professores de 56 entram em greve

De 59 universidades federais, professores de 56 entram em greve


Alunos defendem professores em greve federal.
Alunos defendem professores em greve federal


A adesão à greve dos professores de universidades federais chegou a 95% dos docentes no Brasil. De 59 instituições de ensino, 56 têm professores com braços cruzados, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Os educadores pedem a reestruturação da carreira.

Além disso, a greve dos servidores técnicos administrativos atinge 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia em 22 estados, além dos dois centros federais de tecnologia e o Colégio Pedro II.
Desde 17 de maio, professores das instituições federais fazem um movimento de greve nacional que já atingiu 80% da categoria. A paralisação nacional dos servidores teve início em 11 de junho e, segundo a última atualização dos sindicatos, pelo menos 50% dos institutos federais tinham servidores parados.

As reivindicações giram em torno de criação de uma carreira única, com a incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, aumento do piso salarial em 22,8% com a correção das pendências da carreira desde 2007 (atualmente, ele é de R$ 1.304), variação de 5% entre níveis a partir do piso, para o regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), devolução do vencimento básico complementar absorvido na mudança na Lei da Carreira, de 2005, percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho e por fim, reposicionamento dos servidores aposentados.


 
O MEC afirma que quem define a agenda de negociação é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O Ministério da Educação está com uma proposta de plano de carreira pronta, para apresentar na próxima reunião agendada pelo MPOG – basicamente priorizando a dedicação exclusiva e titulação docente.


 
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão afirmou, por meio de sua assessoria, que a reunião com as entidades que representam a categoria dos docentes, agendada para o dia 19, mas adiada, deve acontecer na próxima semana, mas ainda sem data confirmada. Ainda de acordo com o ministério, o secretário tem se reunido internamente com membros do governo para encontrar uma solução para o impasse nas negociações.

http://www.portaldepaulinia.com.br/destaques/noticias-em-destaque/16152-de-59-universidades-federais-professores-de-56-entram-em-greve.html

JORNAL DO COMMÉRCIO (RECIFE): Greve já ameaça o ano letivo da UFPE

EDUCAÇÃO


Greve já ameaça o ano letivo da UFPE


Iniciado há 43 dias, movimento dos professores segue paralisação nacional. Docentes acreditam que as atividades só devem acabar em 2013. Reitor está mais otimista


Publicado em 28/06/2012, às 08h07

Do JC Online

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem / Docentes da UFPE e da Rural fazem protesto nesta quinta

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem


Docentes da UFPE e da Rural fazem protesto nesta quinta


O ano letivo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) só deve terminar em 2013 por causa da greve dos professores, iniciada há 43 dias, segundo avaliação do presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Jaime Mendonça. O reitor da universidade, Anísio Brasileiro, é mais otimista e acredita que a paralisação, que começou em 17 de maio, ainda não compromete a conclusão dos dois semestres letivos este ano. A instituição tem cerca de 26 mil alunos nas graduações. A adesão ao movimento na UFPE é de pelo menos 60% dos professores, conforme levantamento da Adufepe. No País, 95% das federais estão em greve, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).


Hoje, a partir das 10h, professores da UFPE e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), também em greve, realizarão manifestação em frente ao Banco Central do Brasil, localizado na Rua da Aurora, em Santo Amaro, área central do Recife. Servidores técnico administrativos das duas universidades participarão do ato. Todos estarão de preto. O banco foi escolhido pelos grevistas porque representa a circulação da moeda e os investimentos públicos. “No orçamento deste ano, 47% são para pagar dívidas, enquanto o investimento em educação é de apenas 3,18%. Qual é a prioridade dada pelo governo à educação?”, questiona a professora Fátima Massena, do comando de greve da Rural.


“É muito provável que começaremos 2013 na UFPE sem ter concluído as atividades acadêmicas de 2012. Já são 43 dias de greve sem que o governo sinalize com proposta concreta”, observa Jaime Mendonça. A categoria reivindica uma carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre os níveis.
Segundo Anísio Brasileiro, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, está empenhado em apresentar propostas para o fim da greve. “Estamos acompanhando a paralisação. Acredito que a curto prazo haverá solução para o impasse. Na UFPE, a greve preocupa, mas acho que não vai comprometer o ano letivo”, diz o reitor. Na próxima semana a pró-reitoria de graduação fará um mapeamento detalhado da situação de cada curso com os conselhos departamentais. “Vamos montar um proposta de calendário para quando a paralisação acabar”, explica Anísio.


PREJUÍZO - Aluna do 7º período de jornalismo, Júlia Magnoni, 21 anos, será prejudicada se a greve interferir no ano letivo. “Me formo no próximo semestre. Estou estagiando, com perspectiva de ser contratada. Mas só se concluir a graduação em 2012”, diz Júlia. Nenhum dos cinco professores dela desse período aderiu à paralisação. Mário Felipe Firmino, 21, do 6º período de medicina, também está tendo aula. “Só duas disciplinas estão paradas. Para mim, não haverá tanto problema se as aulas forem até 2013, mas tenho colegas que farão intercâmbio e serão prejudicados”, conta Mário.

Técnicos e docentes do IFMT param o trânsito de Cuiabá

Técnicos e docentes do IFMT param o trânsito de Cuiabá PDF Imprimir E-mail

Qui, 28 de junho de 2012 19:47
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Cerca de 500 servidores entre técnicos e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) em conjunto com servidores e docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram nesta quinta o 1º Ato Unificado em defesa da Educação Pública Federal, no centro de Cuiabá.


O sindicato dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Seção Cuiabá MT, organizou a concentração na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura de Cuiabá. De onde saiu por volta das 11 horas em caminhada em direção ao Banco do Brasil, na Avenida Getúlio Vargas esquina com a Rua Barão de Melgaço.


A concentração na Praça Alencastro começou por volta das 8 horas com uma vasta agenda cultural bastante diversificada. De início, os manifestantes foram contemplados com a bela voz de Fernanda, estagiária do Sinasefe, Secção Cuiabá MT, e aluna do IFMT, que cantou junto com a Banda Mestre Albertino do IFMT campus Cuiabá.


Além da banda, o ato teve a apresentação do grupo Cururu da UFMT e discursos denunciando o descaso do Governo Federal com o ensino público federal com a precarização do ensino. O presidente do Sinasefe Seção Cuiabá MT, Roni Rodrigues, enfatizou que o movimento em prol da Educação vivencia hoje um momento histórico com a união de todas entidades sindicais que representam os trabalhadores da Educação Federal a nível nacional e local.


O professor Sérgio Mendes, do Comando Local de Greve, disse que enquanto o governo corta recursos que deveriam ser alocados para a Educação em nosso país decidiu prestar ajuda aos países europeus. Além da Reitoria, estão em greve os campi de Cuiabá, Bela Vista, Juína, Pontes e Lacerda, Barra do Garças, Confresa, Cáceres e São Vicente.


Luta extrapola muros dos Institutos Federais em MT


A luta dos docentes e técnicos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) extrapolou hoje, durante o 1º Ato Unificado pela Educação Federal, os muros dos campi e ganhou as ruas. As manifestações começaram na Praça Alencastro seguida de uma caminhada pela Avenida Getúlio Vargas com três minutos de panfletagem para a passagem de veículos em frente ao Banco do Brasil, descendo pela Rua Barão de Melgaço.


Gritando palavras de ordem, os manifestantes denunciaram o descaso do Governo Federal com o ensino técnico e superior. Apesar do transtorno, motoristas e pedestres que assistiam a tudo não ficaram nervosos e am alguns casos até aplaudiram a manifestação em Cuiabá.


Além da Reitoria, estão em greve os campi de Cuiabá, Bela Vista, Juína, Pontes e Lacerda, Barra do Garças, Confresa, Cáceres e São Vicente. Com a manifestação, a indignação dos técnicos e docentes do IFMT acabou se estendendo para o coletivo de todas as categorias de trabalhadores que lutam contra a precarização do ensino público federal e por mais verbas para a educação, com a exigência que sejam garantidos os 10% do produto Interno Bruto (PIB) aprovada esta semana depois de 18 em tramitação na Câmarados Deputados.


Participaram também do Ato Unificada, os docentes e técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso e do Hospital Universitário Júlio Müller (HJM).

Por Assessoria de Imprensa do Sinasefe – Seção Cuiabá MT

quinta-feira, 28 de junho de 2012

AGÊNCIA SENADO: Cristovam faz apelo a entendimento pelo fim da greve dos professores de universidades federais

Cristovam faz apelo a entendimento pelo fim da greve dos professores de universidades federais

6/06/2012 - 15h30 Plenário - Pronunciamentos - Atualizado em 26/06/2012 - 15h30
Da Redação
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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fez um apelo, nesta terça-feira (26), ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e às entidades que representam os professores, para que se reúnam “com o coração aberto” a fim de encontrarem saídas para superar a greve das universidades federais. O senador disse que a greve deixa uma perda na formação dos alunos e é como “se o trem que levasse para o futuro parasse e voltasse para trás”. Para ele, existe um impasse em que governo e professores não dialogam o suficiente para encontrar um caminho.
- O governo apenas dizer que não tem recursos não basta, mas também não basta os professores dizerem que o governo os tem. É preciso um diálogo em cima dos números. É preciso um diálogo que veja como superar a tragédia – afirmou.
Cristovam Buarque disse que precisa haver boa vontade dos dois lados: os ministros devem se colocar no lado dos professores para atender as reivindicações e os professores devem se colocar na cadeira dos ministros e entender que os governos, muitas vezes, enfrentam limitações de recursos.
O senador pediu também que a ideia de greve todos os anos seja considerada uma “coisa do passado”. Para ele, não há como as universidades públicas continuarem tendo prestigio enfrentando greves todos os anos. Ele lembrou projeto de lei de sua autoria de acordo com o qual antes de deflagrada uma greve de professores seria necessário estabelecer “um instrumento confiável de negociação”.
Cristovam explicou que a proposta reconhece a importância da presença de professores em sala de aula e propõe que a greve desses profissionais não seja decretada “de maneira simplista”, como uma primeira forma de lutar.
- Existem outras formas de lutas e eu defendo até que sejam mais duras, mas não sacrifiquem as aulas. Além disso, a minha proposta, nesse projeto de lei que foi suspenso, é de que se criaria no Brasil uma espécie de câmara de debate entre governo e professores. Toda vez que os professores tivessem reivindicações, antes mesmo de levar ao governo, levariam a essa câmara - explicou.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Leia abaixo a íntegra do discurso do Senador.
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Senado Federal

Secretaria-Geral da Mesa

Secretaria de Taquigrafia
O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PDT – DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Srª Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, eu venho aqui fazer um apelo, mas um apelo de brasileiro, diante da tragédia que estamos vivendo pela greve, ao longo de semanas e meses, das universidades federais brasileiras.
Todas as instituições federais de ensino, praticamente, estão em greve. E a greve de uma universidade, a greve do ensino superior, é como se o trem que nos leva para o futuro fosse parado. Eu diria que é até mais grave: é como se o trem que nos leva para o futuro parasse e começasse a voltar para trás. Porque dizer que, depois que a greve termina, as aulas são repostas e tudo volta ao normal não é verdade.
Fica uma perda na formação dos nossos alunos. Fica uma perda na pesquisa dos nossos professores e também de alunos de pós-graduação. Fica até mais: fica a perda definitiva de muitos materiais de pesquisa. O Brasil está não apenas parado nesse aspecto do desenvolvimento científico e tecnológico, durante esse período da greve, como está dando marcha à ré. Isso não é possível de continuar. E o pior é que parece haver um impasse em que Governo e professores não dialogam o suficiente para encontrar um caminho.
Quero, primeiro, fazer um apelo ao Ministro Aloizio Mercadante, que é um homem da academia, que foi Ministro da Ciência e Tecnologia, que tem um sentimento profundo sobre a importância do avanço científico e tecnológico. Faço um apelo para que ele assuma diretamente as negociações com os professores, por meio de suas entidades representativas, que sente com o coração aberto para procurar alternativas, que sente não na defensiva, mas sentindo-se ao lado do Brasil, que, neste momento, é ao lado dos professores.
Mas eu faço também um apelo às entidades que representam os professores. Da mesma maneira que o Ministro deve se abrir, sem qualquer intransigência, com predisposição, que os professores também sentem com a ideia aberta de procurar saída e não de manter um muro que dificulta encontrar uma saída. Que aceitem, por exemplo, a ideia de que certas soluções não podem ser imediatas, demoram um certo tempo. E esse certo tempo é fruto de negociações. Mas é fruto também de algumas limitações que talvez o Governo consiga mostrar convincentemente. Porque apenas dizer que não há recurso não basta. Mas também os professores dizerem que há recurso não basta. É preciso um diálogo em cima dos números.
É preciso um diálogo que veja como superar a tragédia. A tragédia do Brasil, com sua marcha em direção à inovação científica e tecnológica regredindo, já há meses, e também a tragédia que eu cálculo de 10 milhões de pessoas. São 600 mil alunos e são seus pais, parentes, amigos, conhecidos. Especialmente desses 600 mil, aqueles 150 mil que estão em vésperas de formatura, que não sabem mais se vão se formar; que estão na hora de conseguir um emprego e não sabem se serão preteridos por falta do diploma; que estão com uma bolsa de estudos para fazer a sua pós-graduação e não sabem se a pós-graduação vai ser impedida, e a bolsa, parada. E, em geral, não se recupera mais essa bolsa.
É uma tragédia em cima de pessoas; é uma tragédia em cima da Nação inteira. Não há outra solução, a não ser a predisposição ao diálogo com boa vontade dos dois lados: os ministros se colocando do lado dos professores para buscar uma resposta e atender a reivindicações – e não do lado contrário; e os professores também, como se estivessem sentados na cadeira do ministro, vendo as limitações de recursos que muitas vezes governos atravessam. Estas duas posições são, na verdade, posições patrióticas, uma defendendo os interesses da categoria, outra defendendo os interesses da coletividade brasileira; mas os dois dialogando com espírito patriótico para encontrar uma solução que resolva este impacto maldito que está deixando nossas universidades paralisadas.
Mas não quero fazer apenas este apelo. Quero fazer um apelo para ver se conseguimos colocar esta idéia de greve todo ano como uma coisa do passado. Não há como a universidade brasileira pública se afirmar, continuar com prestigio, convivendo com greves todos os anos. Em alguns anos chegamos a ter duas greves. E aí quero retomar um projeto que foi suspenso na Comissão de Educação, pediram vistas, representantes do governo, e deixaram-no parado. É um projeto de lei que tenta encontrar um caminho para que, antes que haja greve de professores, se encontre um instrumento confiável de negociação. A minha proposta é que a presença de professores em sala de aula é tão importante que uma greve de professor não pode ser decretada de maneira simplista, como a primeira forma de luta. Existem outras formas de lutas. Mas se alguém acha que não existe, precisamos descobrir. Eu defendo até que sejam formas de luta duras, mais radicais, mas que não sacrifiquem as aulas. Além disso, a minha proposta nesse projeto de lei que foi suspenso é de que se criaria no Brasil uma espécie de câmara de debates, Senador Collor, entre governo e professores.

Toda vez que os professores tivessem reivindicações, antes mesmo de levar ao Governo, se levaria a essa câmara. Essa câmara passaria para o Governo, que daria seus argumentos. E essa câmara, uma câmara de pessoas lúcidas, responsáveis, sérias, confiáveis pelos dois lados, sem poder de parar greve e sem poder de obrigar ao Governo, mas com a força moral de dizer “Ministro, Presidente, vocês têm recurso, sim, e têm que atender isso” ou de dizer aos professores “me desculpem, mas a reivindicações não são pagáveis neste momento”. Não teria poder de parar um ou outro, mas teria uma força moral, diante da opinião pública, para dizer qual dos lados está exagerando: o lado que não quer dar ou o lado que quer receber.
Se nós não caminharmos nessa direção, se deixarmos greve de professores serem decretadas da mesma forma que greve de operários, nós não vamos ter futuro. E aqui não é menosprezando operário. É que, quando um operário, por exemplo, de construção faz greve e fica dois, três, cinco, dez dias em greve, quando ele voltar, o lugar do tijolo vai estar ali esperando o tijolo. Não há nenhum prejuízo. Agora, quando a gente deixa crianças sem aula, quando elas voltam à aula, um, dois ou três meses depois, não tem como colocar os tijolinhos no lugar certo porque ela se desmotivou, porque ela perdeu o ritmo, porque ela ficou para trás.
É preciso parar com o instrumento fácil de greve de professores tanto no ensino superior quanto na educação de base. É preciso criar instrumentos que, obviamente sem proibir greve, porque esse é um direito constitucional, criem mecanismos que permitam evitar-se a necessidade de greve. Agora, antes disso, temos uma greve aí, e essa greve não pode esperar por essa câmara que nem consegui fazer ser votada na Comissão de Educação. Essa greve que está aí precisa do diálogo, o diálogo de um Ministro que queira buscar a solução e de professores que queiram entender as limitações do Governo.
É um apelo que deixo aqui. Não deixem o Brasil parado, o Brasil regredindo. Não deixem dez milhões de pessoas sofrendo, porque eles próprios, ou seus pais, seus parentes enfrentam a tragédia de todo um sonho de formatura ser interrompido.
Fica aqui, Srª Presidente, o meu apelo para que essa greve seja superada o mais rápido possível e fica o meu apelo para que encontremos um caminho de que o instrumento de luta de professores não seja mais greves, mesmo sem proibi-las, mesmo – obviamente, eu aqui ficaria contra a proibição – respeitando o direito constitucional, mas que não seja o instrumento primeiro da luta, que seja apenas o último recurso, quando todos os outros forem esgotados.
Era isto, Srª Presidente, que eu tinha para colocar aqui como brasileiro, nem tanto como professor universitário que sou.

FOLHA DE SÃO PAULO: Estudantes bloqueiam faixa em protesto na av. Paulista, em SP

28/06/2012 - 13h13

Estudantes bloqueiam faixa em protesto na av. Paulista, em SP


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DE SÃO PAULO

Estudantes, servidores e docentes de universidades federais realizam um protesto na tarde desta quinta-feira na avenida Paulista, na região central de São Paulo.

Há representantes das universidades federais de São Paulo (Unifesp), de São Carlos (UFSCar) e do ABC (UFABC), que aderiram à greve nacional iniciada há 40 dias.

A concentração começou por volta das 11h30 no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e depois os manifestantes iniciaram passeata até a sede do Banco Central na capital paulista.

Segundo os participantes, o ato é uma forma de "denunciar a atitude do governo de não privilegiar a educação dentro do Orçamento da União".

Por volta das 13h, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), os manifestantes ocupavam uma faixa no sentido Consolação, na altura da rua Ministro Rocha Azevedo, que foi bloqueada ao tráfego.

ESTADO DE MINAS: Manifestação de servidores em greve na UFMG termina em tumulto com alunos da Medicina

Manifestação de servidores em greve na UFMG termina em tumulto com alunos da MedicinaUma das principais avaliações finais dos futuros médicos precisou ser cancelada devido à ocupação dos grevistas no prédio da faculdade

Daniel Silveira
Publicação: 26/06/2012 19:12Atualização: 26/06/2012 19:31
A manhã desta terça-feira foi marcada por tumulto na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Uma ação dos servidores que estão em greve comprometeu a realização da Avaliação Objetiva e Estruturada de Desempenho Clinico (OSCE), aplicada a cerca de 90 alunos formandos, que precisou ser cancelada.

A OSCE é uma simulação de um atendimento médico real e é aplicada aos alunos do 10º ao 12º períodos. Para que ela seja realizada é preciso a participação de voluntários, manequins e bonecos para simular pacientes. Habitualmente, os servidores da unidade são convidados a participar, mas, em função da greve, os professores convocaram residentes e alunos calorouros para garantir a realização do exame. No entanto, no horário previsto os grevistas realizaram uma ocupação no corredor das salas onde a prova era aplicada.

“Os servidores entraram nesse corredor, fazendo a maior arruaça, promovendo apitaço, sendo que a gente precisa de silêncio. Sem contar que a prova é toda cronometrada. Não satisfeitos com o barulho, os grevistas começaram a arrancar as provas, que ficam fixadas nas portas das salas”, relata a aluna do 12º período, Raquel Bretas, de 25 anos. Segundo a estudante, os professores, percebendo que a continuidade do exame estava comprometida, decidiram pelo cancelamento. “Nós deixamos o prédio e na porta da faculdade os grevistas começaram a insultar os professores e a nós alunos. Até sairmos do corredor não fizemos nada. Mas depois das agressões verbais os alunos começaram a vaiar os grevistas e a rasgar os cartazes da greve”, conta Raquel. "Sabemos que a greve é legítima. Nosso dia a dia ficou muito mais corrido depois da paralisação, mas respeitamos o movimento. Só não podemos ser lesados como ocorreu hoje", acrescentou.
 
O Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes), por meio de nota divulgada em seu site, informou que a ocupação pacífica do prédio já estava prevista e tinha como objetivo “abrir um espaço de diálogo, chamando a atenção dos docentes e discentes para a discussão da pauta de reivindicações do movimento grevista”. Cerca de 200 servidores do corpo técnico-administrativo participaram da ocupação. Segundo a entidade, o ato durou aproximadamente meia hora.

O Sindifes afirmou no comunicado que “um grupo de alunos não entendeu o movimento e em um momento impensado rasgaram os cartazes e faixas da greve. Esta atitude foi veementemente repudiada pelos trabalhadores, pois a manifestação foi pacífica e em nenhum momento procurou entrar em conflito com os demais segmentos”.

De acordo com a assessoria de comunicação da Faculdade de Medicina, apenas a OSCE do internato de Pediatria, marcada para as 8h, foi cancelada e ainda não foi definida a nova data de sua realização. À tarde, o exame foi realizado normalmente para as turmas do Internato em Urgência e Traumatologia e do Internato em Ginecologia e Obstetrícia. Para esta quarta-feira está mantida a aplicação da OSCE para as turmas do Internato em Clínica Médica e do Internato em Cirurgia.

Segundo o Sindifes, na quinta-feira será realizado um Ato Unificado dos servidores em greve às 11h, em frente ao Banco Central, na Avenida Álvares Cabral, Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em adesão à greve nacional, os servidores federais da área administrativa da UFMG reivindicam alterações na jornada de trabalho, melhorias das condições de trabalho e plano de carreira. Não há pedido de aumento salarial ou revisão de benefícios.

ESTADO DE MINAS: Professores e servidores federais fazem manifestação em BH


Professores e servidores federais fazem manifestação em BH O protesto começou na porta do Banco Central e o grupo seguiu em passeata até a Faculdade de Medicina da UFMG

Publicação: 28/06/2012 11:19Atualização: 28/06/2012 12:17
Professores e servidores federais fazem uma manifestação em Belo Horizonte na manhã desta quinta-feira. O protesto conta com o apoio de alguns alunos. A manifestação, começou na porta do Banco Central, na Avenida Álvares Cabral, Bairro Santo Agostinho, região centro-sul, mas o grupo segue em passeata até a Faculdade de Medicina da UFMG, na região hospital. Eles descem até a Avenida Afonso Pena e viram na Alfredo Balena. A BHtrans informou que os manifestantes ocuparam duas faixas das avenidas deixando o trânsito muito lento. A empresa pede que motoristas evitem a região.
Os servidores querem a reestruturação da carreira docente, com valorização do piso salarial, incorporação das gratificações; valorização e melhoria das condições de trabalho. Em Minas, estão em greve: Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).

De acordo com os sindicatos dos Professores de Universidade Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APU-BH) e dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes), o objetivo é chamar a atenção da sociedade para as pauta de reivindicações das categorias, que juntas exigem melhores condições de trabalho e salários.

CORREIO BRAZILIENSE: Ato de servidores da educação reúne 300 manifestantes em frente ao Banco Central

28/06/2012 - Atualizado em 28/06/2012

Ato de servidores da educação reúne 300 manifestantes em frente ao Banco Central


Agência Brasil/Divulgação



Representantes do comando de greve dos servidores da educação e de docentes de instituições federais de ensino superior fazem protesto nesta quinta-feira (28/6) em frente ao prédio do Banco Central. Cerca de 300 manifestantes se concentram no local e, no momento, eles interrompem o trânsito no Eixo L, próximo à 202 Sul. Eles estão a caminho da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).

Mais cedo, eles foram ao Ministério da Educação (MEC), onde tentaram ser recebidos, sem sucesso, pelo ministro Aloizio Mercadante. Um secretário recebeu os manifestantes representando o MEC.

A concentração em frente ao Banco Central é um ato simbólico que tem o objetivo, segundo os participantes do protesto, de chamar atenção para o fato de que o dinheiro que sai dali não está sendo investido em educação.

A manifestação é organizada pela Fasubra, pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Estudantes também aderiram ao protesto, representando a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Assembleia Nacional dos Estudantes (Anel). Participantes do comando de greve marcaram uma nova passeata na Esplanada dos Ministérios para 4 e 5 de julho e querem ser recebidos por Mercadante nessas datas.

CORREIO BRAZILIENSE: Universidade de Brasília segue há 36 dias sem aulas e sem perspectivas

Universidade de Brasília segue há 36 dias sem aulas e sem perspectivas

Ana Pompeu
Luiz Calcagno
Publicação: 28/06/2012 06:51Atualização:
Na assembleia de ontem, professores, funcionários e alunos decidiram unificar as paralisações (Antonio Cunha/Esp. CB/ DA Press)
Na assembleia de ontem, professores, funcionários e alunos decidiram unificar as paralisações


A greve dos professores da Universidade de Brasília (UnB) completou um mês e seis dias e não tem previsão de término. A UnB aderiu ao movimento de paralisação nacional em 18 de maio por melhorias no plano de carreira do professor universitário e dos servidores. Ao todo, 54 instituições estão paralisadas. O sindicato da categoria afirma que os cerca de 2,5 mil professores da UnB estão de braços cruzados, exceto cerca de 30 que continuam a lecionar. No caso dos técnicos, 2.430 dos 2.700 pararam de trabalhar. As duas categorias condicionam o retorno à normalidade dos serviços à apresentação de uma proposta pelo governo federal. A reunião com os sindicatos, convocada pelo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão para o dia 19 último, foi desmarcada e ainda não tem nova data.

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Ontem, professores, servidores e estudantes fizeram uma assembleia para discutir a unificação dos atos das duas categorias e dos estudantes que aderiram ao movimento. Eles marcaram uma manifestação para hoje em frente ao Banco Central. Os universitários estão divididos. Segundo um dos coordenadores do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Pedro Ivo Santana, o órgão considera o pleito dos técnicos e professores justo, mas não se declara a favor nem contra a greve. “Queremos que o movimento termine da melhor forma possível e o quanto antes, para que todos tenham suas reivindicações atendidas e os discentes não fiquem prejudicados com a paralisação”, disse.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

80% DOS PROFESSORES FEDERAIS EM GREVE E NENHUMA PROPOSTA!

26/06 - 80% DOS PROFESSORES FEDERAIS EM GREVE E NENHUMA PROPOSTA!

Até o momento, 25/06, não há nenhuma reunião agendada entre o governo e o CNG/ANDES-SN. Apesar do que foi veiculado na imprensa, não há qualquer comunicado oficial sobre uma proposta do governo a ser apresentada essa semana. Depois de mais um encontro suspenso em 19 de junho, os professores seguem mobilizados! A cada semana outras universidades e institutos federais aderem ao movimento. Somos agora 80% dos professores em greve e exigimos que o governo apresente uma proposta e negocie efetivamente!

Fonte: Andes

YAHOO e AGÊNCIA O GLOBO: Governo sanciona lei que cria quase 80 mil vagas na rede federal

Governo sanciona lei que cria quase 80 mil vagas na rede federal


 

RIO - O governo sancionou, nesta terça-feira, o projeto de Lei 12.677, que cria 77.178 cargos efetivos, de direção e funções gratificadas para o Ministério da Educação (MEC). As vagas se destinam aos institutos federais de ensino e às universidades federais. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União".

As vagas para docentes representam 56% do total, sendo 19.569 para professor de magistério superior e 24.306 para professor do ensino básico, técnico e tecnológico. Foram criados também 27.714 cargos de técnicos administrativos, 1.608 cargos de direção, em quatro categorias diferentes, e 3.981 funções gratificadas em três categorias. O texto ainda extingue 2.751 cargos de técnicos e 2.013 funções gratificadas de categorias inferiores às criadas.

As vagas para cargos efetivos serão distribuídas pelo Ministério do Planejamento, de acordo com a divisão feita pelo MEC junto às universidades e institutos. Segundo a lei, "os cargos e funções criados por esta lei destinam-se às instituições federais de ensino superior, institutos federais de educação, ciência e tecnologia, ao Instituto Nacional de Educação de Surdos, ao Instituto Benjamim Constant, às escolas técnicas e colégios de aplicação vinculados às instituições de ensino superior, aos centros federais de educação tecnológica e ao Colégio Pedro II".

Com a Lei, o Colégio Pedro II ganhou a mesma autonomia dos institutos federais e passa a ser uma instituição "multicampi". Isso permitirá a sua expansão.

http://br.noticias.yahoo.com/governo-sanciona-lei-cria-80-mil-vagas-rede-135606688.html

terça-feira, 26 de junho de 2012

CORREIO BRAZILIENSE: Professores longe de um acordo


22/06/2012 - Atualizado em 22/06/2012

Professores longe de um acordo
Paula Filizola
A greve dos professores das universidades federais, que se estende há mais de um mês, não tem previsão para acabar. Atualmente, 57 das 59 instituições brasileiras aderiram ao movimento. Ainda assim, o governo federal não parece estar empenhado em garantir um desfecho. A estimativa é de que mais de 1 milhão de alunos estejam sem aulas. Após ter desmarcado nesta semana a segunda reunião de negociação com o Comando Geral de Greve, o Ministério do Planejamento afirma que um novo encontro só deve ocorrer na semana que vem. Os grevistas, no entanto, estão descrentes na negociação. “O que o governo sinalizou até o momento não nos agradou”, garantiu a professora de ciência política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) Clarisse Gurgel.
Ausente das últimas discussões, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deu a entender que estará presente nas próximas tentativas de acordo. O titular da pasta afirmou que aguarda decisão do Ministério do Planejamento, mas pretende tratar do assunto depois da Conferência das Nações Unidas pelo Desenvolvimento Sustentável — Rio+20. Já a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que a pasta ainda avalia a proposta de reestruturação de carreira dos docentes.
A postura passiva de Mercadante é motivo de crítica entre os docentes. Para Clarisse Gurgel, a ausência dele nas negociações é frustrante. Segundo ela, o Comando Nacional de Greve tem reivindicado insistentemente a presença dele. “A greve é para negociar carreira. Como vamos falar disso sem o ministro da Educação? É difícil porque o Planejamento só pensa em cifras”, critica.

Colaborou Denise Rothenburg

CORREIO BRAZILIENSE: Ministro da educação se reúne com estudantes que apoiam greve de federais

26/06/2012 - Atualizado em 26/06/2012

UNE faz manifestação em apoio à greve
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deve se reunir em instantes com estudantes que fazem protesto em frente ao prédio do Ministério da Educação (MEC) nesta terça-feira (26/6). Segundo a assessoria do ministério, serão recebidos representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e um representante de cada Diretório Central de Estudantes (DCE) das instituições em greve.

A manifestação, organizada pela UNE em apoio à greve nacional de docentes das universidades federais, teve início nesta manhã. Os estudantes se reuniram por volta das 9h30 em frente à Biblioteca Nacional de Brasília. Segundo a UNE, representantes de 44 DCEs participam da manifestação e mais de mil pessoas aderiram ao protesto. De acordo com a polícia, no início da manifestação havia cerca de 600 pessoas no local. Agora, muitos já foram embora e os policiais acreditam que deve haver cerca de 200 manifestantes.

As portas do MEC estão fechadas e policiais reforçam a segurança na entrada do prédio. Alunos do ensino médio de colégios públicos e particulares aderiram ao protesto e também estão no local.

Os estudantes têm uma pauta própria de reivindicações, que inclui a ampliação da assistência estudantil, melhoria da estrutura das universidades, mais restaurantes universitários, creches, moradias, bolsas e outras formas de auxílio para garantir a permanência dos alunos e a qualidade nas instituições de ensino superior.

Participam do protesto, ainda, a Associação Nacional dos Docentes no Ensino Superior (Andes) — que deflagrou greve nacional de docentes em 17 de maio —, o Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) — em greve desde 11 de junho —, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Movimento Todos pela Educação, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Investimento
Após a manifestação, os estudantes seguirão para o Congresso Nacional, com a intenção de pressionar os parlamentares pela aprovação do investimento de 10% do PIB em educação durante a votação do novo Plano Nacional de Educação (PNE).

A Comissão Especial sobre o PNE na Câmara dos Deputados deve se reunir para votar os destaques do parecer do relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). Há duas semanas, a comissão aprovou em caráter conclusivo, o texto-base do relatório, com a previsão de investimento de 8% do PIB em educação nos próximos dez anos. A versão anterior do texto estabelecia o índice de 7,5% do PIB.

Psol e PDT votaram contra o parecer. O deputado Ivan Valente (Psol-SP) é autor de um destaque que fixa o percentual de 10% do PIB a ser aplicado em educação.

domingo, 24 de junho de 2012

COMO É A EDUCAÇÃO NOS PAÍSES QUE OBTIVERAM A MELHOR NOTA NO PISA?

Neste momento de intransigência e insensibilidade do governo em negociar com professores e técnicos administrativos das Instituições Federais de Ensino em greve, nada melhor do conhecermos o que deu certo na educação dos países que obtiveram as melhores colocações no teste internacional chamado PISA. Este teste avalia jovens de 15 anos de cinquenta e poucos países em leitura, ciências e matemática. O Brasil, infelizmente, obteve a 53ª colocação.

O SESI-CNI, em parceria com o canal Futura, apresentam no referido canal o documeCanadá, Japão, Chile e Brasil, dentre outros.
O caso da Coréia do Sul é muito interessante. Na década de 60, o país estava afundado na guerra e os seus índices de desenvolvimento se assemelhavam ao Afeganistão atual. O investimento em educação colocou o país em um dos países com o melhor índice em educação e em tecnologia.
Os episódios podem ser vistos no site do Canal Futura e também no YOUTUBE. Abaixo o link do episódio geral nº 7, que faz um apanhado de diversos episódios sobre a educação nos países pesquisados. Acessentário "Destino Educação" que busca analisar o que deu certo e o que precisa ser melhorado em países como Finlândia, Coreia do Sul,

www.youtube.com/watch?v=El1fX-1NHjE

quinta-feira, 21 de junho de 2012

MANIFESTO À POPULAÇÃO

 MANIFESTO À POPULAÇÃO

A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade expressa uma exigência da população brasileira, que há tempos clama por serviços públicos de qualidade e é também parte essencial da história dos movimentos sociais ligados à educação. Vale lembrar que educação, saúde, segurança, transporte, entre outros, são direitos de todos e dever do Estado.

Nas últimas semanas, professores, técnico-administrativos e estudantes das Instituições Federais de Ensino voltaram às ruas para cobrar dos governantes que cumpram seu papel e dediquem atenção, de fato, às reais demandas sociais.

Os trabalhadores da educação federal e estudantes estão em greve, porque estão conscientes de que é imprescindível lutar em defesa das Instituições Federais de Ensino. As negociações com o governo não avançam. No entanto, crescem a degradação das condições de trabalho, ensino e a deterioração da infraestrutura oferecida nas universidades, institutos e centros tecnológicos federais.

Os professores, técnicos e estudantes defendem sim uma expansão, desde que exista qualidade. Não adianta criar novas instituições sem oferecer as condições satisfatórias para que elas funcionem.

A realidade vivenciada pelos professores, técnicos e estudantes é muito diferente do que divulga a propaganda oficial do governo federal. A cada começo de ano fica mais evidente a precariedade de várias instituições federais de ensino, principalmente naquelas em que ocorreu a expansão via Reuni.

Faltam salas de aula, laboratórios, restaurantes estudantis, bibliotecas, banheiros, saneamento básico e em alguns lugares até papel higiênico. Ninguém deveria ser submetido a trabalhar, a ensinar e aprender num ambiente assim.

Além disso, é necessário também oferecer um plano de carreira, que valorize os professores e técnicos e os incentivem a dedicar suas vidas a essas instituições, à construção do conhecimento, aos projetos de pesquisa e de extensão. Só assim, é possível oferecer educação com a qualidade que a população brasileira merece.

No entanto, o governo federal vira as costas para os argumentos e propostas dos servidores públicos e usa seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa para não atender às reivindicações que são apresentadas pelos movimentos sociais em defesa da educação.

Não faltam recursos, o que falta é vontade política dos governantes. A verdadeira crise brasileira não é a crise financeira, mas sim ausência de políticas públicas que atendam as necessidades da população.

Priorizar a destinação dos recursos públicos na lógica do setor empresarial financeirizado, como o governo tem feito, causa impactos cada vez mais negativos nos serviços públicos.

Os professores, técnicos e estudantes estão nas ruas para dar um novo rumo ao ensino federal e, para isso, conclamam toda a população a fazer de 2012 um marco na história da educação brasileira.

ENTIDADES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO FEDERAL

ANDES-SN/ FASUBRA/ SINASEFE

Entidades da educação em greve lançam manifesto conjunto

Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN

Data: 20/06/2012

Entidades da educação em greve lançam manifesto conjunto
As entidades do setor da educação federal em greve (ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra) lançaram na tarde desta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados, o “Manifesto à População” (pode ser lido aqui), em que explicam as razões da atual greve nas instituições federais. Diante de avaliações sobre o significado histórico da convergência entre os trabalhadores na educação federal e estudantes, durante o ato foi constituida uma coordenação nacional entre os Comandos de Greve da Educação e firmado compromisso de articular uma agenda comum de atividades, já definindo que na próxima quinta-feira (28), as entidades realizaram ato sem frente aos prédios do Banco Central nas Capitais, para denunciar a política do governo, que menospreza investimentos em políticas públicas, como educação, para priorizar o pagamento de juros.

“A metade do orçamento federal é usado para o pagamento juros, enquanto isso, faltam recursos para manter, com qualidade, os hospitais e a educação pública”, denunciou o 1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch. Os deputados Paulo Rubem Santiago (PDT/PE) e Érica Kokay (PT/DF) participaram do ato e defenderam que o governo priorize, efetivamente, as políticas públicas.

“Enquanto o governo não deixar de priorizar o pagamento de juros, faltarão recursos para a área social”, afirmou Paulo Rubem.
No “Manifesto à População”, que foi traduzido para inglês, espanhol e francês e também está sendo
distribuído na Rio +20, os técnico-administrativo e docentes das instituições federais de ensino denuncia que a realidade é muito diferente da propaganda oficial, pois a cada começo de ano fica mais evidente a precariedade de várias instituições, principalmente naquelas em que ocorreu a expansão via Reuni.

“Faltam salas de aula, laboratórios, restaurantes estudantis, bibliotecas, banheiros, saneamento básico e em alguns lugares até papel higiênico. Ninguém deveria ser submetido a trabalhar, ensinar e aprender num ambiente assim”, denuncia o manifesto.

Para o ANDES-SN e demais entidades que assinam o manifesto, não faltam recursos e, sim, vontade política dos governantes. “A verdadeira crise brasileira não é a crise financeira, mas sim ausência de políticas públicas que atendam as necessidades da população”. O texto diz, ainda, que destinar recursos públicos para o setor empresarial financeirizado, como o governo tem feito, causa impactos cada vez mais negativos nos serviços públicos.

Ao final do Manifesto, as entidades conclamam a população para ir às ruas e fazer de 2012 um marco na história da educação brasileira.

REUNIÃO DOS PROFESSORES EM GREVE AMANHÃ

Senhores Professores:

Conforme decidido na assembleia de início da greve, comunicamos que amanhã haverá reunião, às 9:00 h, na sala dos professores para discussão da seguinte

PAUTA

Informes do Seminário sobre Carreira Docente, questões relacionadas com a legalidade da greve nas férias de Julho, situação das mobilizações de DI para DIII e para definirmos o dia da palestra sobre Análise de Conjuntura.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Governo adia mais uma vez, de forma unilateral, a reunião de negociação marcada para 19 de junho

Governo adia mais uma vez, de forma unilateral, a reunião de negociação marcada para 19 de junho

18 de junho de 2012

Na manhã desta segunda-feira, por volta de 9h30, o Secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento (MPOG), Sérgio Mendonça, ligou para o presidente do PROIFES-Federação, Eduardo Rolim de Oliveira, informando que o governo teve a necessidade de adiar por alguns dias a reunião da mesa de negociação entre os docentes e o governo, marcada para amanhã, dia 19 junho, às 10h.

Segundo Sérgio Mendonça, em função da RIO+20, que está centralizando os esforços do governo essa semana, não seria possível para o Ministério do Planejamento apresentar amanhã, uma proposta efetiva aos docentes, como era sua intenção. Segundo Mendonça, não seria interessante uma reunião onde não se pudesse discutir os valores da proposta, de sorte a avançar.

O Presidente do PROIFES-Federação disse ao secretário que no entendimento da entidade a reunião de amanhã deveria ser mantida e que esse adiamento não é produtivo para o processo negocial, mas concorda com necessidade de, na próxima reunião a ser marcada até o final da semana, o governo efetivamente apresente uma proposta concreta aos docentes com estrutura de carreira, consolidando a proposta apresentada no dia 15 de maio, e com os valores financeiros da mesma.

sábado, 16 de junho de 2012

MIN. PLANEJAMENTO: GOVERNO CUMPRE ACORDOS E GARANTE REAJUSTES PREVISTOS NO ORÇAMENTO PARA SERVIDORES

GOVERNO CUMPRE ACORDOS E GARANTE REAJUSTES PREVISTOS NO ORÇAMENTO PARA SERVIDORES
Brasília, 14/5/2012 – Com a edição da Medida Provisória 568, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 14, o Governo Federal assegura o cumprimento de todos os itens – inclusive os financeiros – previstos nos acordos com servidores públicos federais, entre eles professores. Acertados em 2011, os reajustes não terão impacto no Orçamento, pois foram previstos na Lei Orçamentária Anual, e vigoram a partir de julho próximo.

“O Governo Federal une os interesses dos servidores públicos aos projetos de gestão, contemplando todos os professores federais, profissionais de Ciência e Tecnologia; e da Saúde, Previdência e Trabalho, entre muitas outras carreiras do Serviço Público”, explicou o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.

Os acordos contemplam avanços significativos nas carreiras e nos planos de cargos. São melhorias como progressão de carreira, extensão de benefícios e revisão de atribuições, entre outros ajustes.

A MP substitui o Projeto de Lei 2.203/2011, que foi enviado ao Congresso em agosto do ano passado. Os acordos beneficiam 937 mil servidores federais, entre ativos, aposentados e pensionistas, reestruturando carreiras e planos de cargos, e estabelecendo novas tabelas remuneratórias.

Professores
Os 138 mil professores públicos federais terão tabela remuneratória reestruturada e fortalecida, com incorporação de gratificações específicas de atividade docente. O reajuste é de 4%, retroativo a 1º de março, no vencimento básico e na Retribuição por Titulação.


PGPE e PST

Os acordos finalizados em 2011 abrangem 15 categorias, entre elas as que integram o Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e a Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho (PST), que, somadas, têm 430 mil servidores, maior parte entre os beneficiados.

No acordo do PGPE, os servidores de nível superior serão beneficiados com a elevação da Gratificação de Desempenho, com o teto da carreira chegando a R$ 7 mil. Trata-se de um primeiro passo para nivelamento da remuneração dos cargos de Nível Superior do PGPE, que após a edição da Lei 12.277/10 ficou diferenciada para os cargos de Engenheiro, Arquiteto, Economista, Estatístico e Geólogo.

Para que se chegue ao nivelamento, o Termo de Acordo define que tanto essa continuação, quanto a que visa à reestruturação dos cargos e carreiras das 15 categorias abrangidas, serão objeto de processo negocial específico no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente, que irá definir as condições e os prazos das próximas etapas.

O acordo estabelece também que os servidores destes mesmos planos de cargos, em nível intermediário, terão um acréscimo de R$ 211 na Gratificação de Desempenho; e os ocupantes de cargos no nível Intermediário receberão R$ 105 a mais na Gratificação de Desempenho, ambas as medidas com efeitos a partir de julho de 2012. No Nível Intermediário, serão contemplados 330,4 mil servidores. No Nível Auxiliar, o acréscimo na gratificação alcança 43,7 mil servidores.
Também haverá reajuste da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (Gacen) e da Gratificação Especial de Atividade de Combate e Controle de Endemias (Gecen), devidas a servidores ligados ao Ministério da Saúde, com a sua elevação de R$ 590 para R$ 721.


Ciência e tecnologia

Foram firmados, ainda, acordos com as carreiras de Tecnologia Militar, do Ministério da Defesa; Ciência e Tecnologia; Inmetro; e Fiocruz. Esses acordos tiveram por diretriz a melhoria da estrutura remuneratória dessas carreiras, com a incorporação ao vencimento básico de parte das gratificações de desempenho e da gratificação temporária da Ciência e Tecnologia (GTEMPCT).

Também serão beneficiados servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligados ao Ministério da Educação, com o intuito de adequar a quantidade de padrões da tabela remuneratória para que o tempo de desenvolvimento na carreira seja compatível com a média das demais carreiras do Poder Executivo Federal.

Após a negociação de 2008, a tabela remuneratória ficou reestruturada em 24 padrões. No Grupo de Trabalho pós-negociação, identificou-se que o tempo de desenvolvimento do servidor até o final da carreira estava superior ao das demais carreiras. A partir de então, iniciou-se um processo negocial para adequação da quantidade de padrões da tabela, que ficará reestruturada em 18 padrões.

Por fim, foi assinado acordo que contempla os servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal, prevendo o aumento da Gratificação de Desempenho dos cargos de nível superior, nível intermediário e nível auxiliar, a fim de harmonizar o quadro da Polícia Federal com as medidas previstas para os demais planos de cargos.

Docentes e técnicos do IFPR entram em greve

Docentes e técnicos do IFPR entram em greve

14 de junho de 2012

Os docentes e técnicos administrativos do Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Curitiba, decidiram entrar em greve a partir do dia 11 de junho. A paralisação ocorre devido à demora do governo federal em negociar reajuste salarial, progressão na carreira e gratificação por insalubridade e periculosidade. A greve acompanha os indicativos nacionais da Fasubra (11 de junho) e do Proifes-Federação (15 de junho).

Em assembleia, os docentes e técnicos decidiram pela paralisação de forma conjunta. Eles se unem a paralisação já ocorrida pelas universidades federais e pelas universidades técnicas federais. Com a greve, na base do IFPR pelo menos 6 mil alunos ficam sem aula a partir desta segunda-feira. Em Curitiba, serão cerca de 2 mil estudantes sem aula em 27 cursos. O ensino a distância também será parado, impactando em cerca de 30 mil alunos.

Os docentes e técnicos decidiram pela greve depois que o ministro da educação Aloísio Mercante adiou mesa de negociação do último dia 28. Ontem (05), o ministro se reuniu as pressas com representantes da mesa de negociação do Proifes. Ele prometeu retomar o diálogo e atender as demandas dos servidores federais. “Por último, concordo com a revisão da forma de cálculo da insalubridade e periculosidade, mas essa é uma posição que ainda depende de debate interno no governo e no Congresso Nacional”, finalizou Mercadante. No entanto, os trabalhadores devem seguir mobilizados até que a promessa vire ação.

Ato Público:

Os servidores federais do IFPR vão participar da caminhada no próximo dia 14. Eles se somam aos protestos grevistas dos servidores da UTFPR e da UFPR. A caminhada tem concentração a partir das 10 horas, Na Praça Santos Andrade, em Curitiba. Outras ações em Curitiba e nos demais campus estão sendo decididas pelo comando de greve.

Fonte: Proifes

http://proifes.org.br/docentes-e-tecnicos-do-ifpr-entram-em-greve/

MAIS ADESÕES: Professores da UFC e Unilab aprovam greve

Professores da UFC e Unilab aprovam greve

14 de junho de 2012
Fonte: ADUFC

Em Assembleia Geral, realizada nesta terça-feira (12), os professores das universidades federais do Estado do Ceará decretaram GREVE por tempo indeterminado.

Há dois anos os professores reivindicam melhores condições de trabalho e reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). No entanto, o Governo Federal unilateralmente suspendeu as negociações do Grupo de Trabalho de Reestruturação da Carreira Docente antes do final do prazo acordado – 31 de maio.

A GREVE foi decretada após a realização de plebiscito em que o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC-Sindicato), ouviu 1268 professores, quando 883 – aproximadamente 70% dos votantes – se manifestaram a favor da paralisação das atividades.

Os professores lamentam os prejuízos à comunidade, mas estão cônscios de que exauriram todas as tentativas de negociação, não lhes restando alternativa. Da mesma forma, entendem que a defesa da Universidade Pública e Gratuita exige, no momento, o recurso extremo da GREVE.

Diretoria da ADUFC-Sindicato

sexta-feira, 15 de junho de 2012

CORREIO BRAZILIENSE: Governo propõe carreira da ciência e tecnologia como base para docentes

13/06/2012 - Atualizado em 13/06/2012

Governo propõe carreira da ciência e tecnologia como base para docentes
Ascom Mec

O Governo Federal propôs tomar como referência de remuneração a carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, na estruturação salarial da carreira dos professores das instituições federais de ensino superior. A proposta foi apresentada pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, em reunião realizada nesta terça-feira, 12, em Brasília, com as entidades sindicais que representam a categoria.

Ficou acertada uma nova reunião para o dia 19 de junho, quando será apresentada uma proposta de carreira baseada em critérios de mérito acadêmico e valorização da dedicação ao ensino, à pesquisa e à extensão. Essa proposta visa atender as demandas colocadas pela categoria, que já recebeu um aumento de 4% retroativo ao mês de março e a incorporação das gratificações. A proposta valoriza a carreira para novos docentes e vai reconhecer a qualificação e dedicação dos professores que já estão nas instituições.

O secretário Sérgio Mendonça propôs ainda uma “trégua” na greve dos docentes federais de 20 dias, para que a proposta possa ser discutida com a representação sindical. Dessa forma, os estudantes poderão retomar as aulas e concluir o semestre letivo, reduzindo os prejuízos provocados pelo movimento paredista, que já dura um mês.

Na reunião ainda foi informado que o Ministério do Planejamento fará a liberação das vagas previstas no projeto de lei 2134, recentemente aprovado pelo Congresso Nacional, já a partir do segundo semestre de 2012. Essas novas contratações devem preencher as vagas abertas com a expansão dos câmpus e a criação dos novos cursos do Programa de Apoio a Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

O Governo Federal espera contar com o compromisso e a compreensão dos docentes em greve e assegura que dará continuidade ao processo de modernização e expansão das universidades e dos institutos federais, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento social e para a inclusão de mais brasileiros no ensino superior.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

FOLHA: Dilma deve reajustar salários de professores e militares em 2013

13/06/2012 - 07h35

Dilma deve reajustar salários de professores e militares em 2013

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DE SÃO PAULO

O governo Dilma decidiu reajustar o salário de professores universitários e de militares no próximo ano, informa reportagem de Natuza Nery e Valdo Cruz, publicada na Folha desta quarta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

A proposta, em discussão pela equipe econômica, deve atender outras categorias. A sinalização de um novo reajuste salarial para os professores é uma tentativa de pôr fim à greve da categoria, que pode prejudicar a campanha do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.

Os professores universitários estão em greve há quase um mês.

Ontem, na primeira reunião entre Ministério do Planejamento e professores, o governo federal solicitou uma trégua de 20 dias para analisar as reivindicações da categoria, que pede uma reforma do plano de carreira. 

A reunião terminou sem acordo e governo professores de universidades federais vão retomar as negociações na próxima terça-feira (19).
Leia a reportagem completa na Folha desta quarta-feira, que já está nas bancas.

ESTADO DE MINAS PUBLICA MATÉRIA SOBRE ADESÃO DA UFMG À GREVE

Estudantes já se sentem prejudicados com anúncio de greve na UFMG


Professores decidem cruzar os braços na terça-feira e acompanhar movimento que já parou 48 universidades e institutos federais no país. Reitoria ainda não avaliou efeitos no ano letivo
Publicação: 13/06/2012 06:58 Atualização:
Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram ontem entrar em greve na terça-feira. A decisão foi tomada em assembleia geral no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas (Face), no câmpus Pampulha. No estado, já estavam em greve docentes de outras oito universidades federais, além do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas (Cefet-MG) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas (IFSudeste-MG). No país, já chegam a 48 as universidades e institutos federais paralisados.

Na UFMG, a matrícula de calouros, suspensa segunda-feira devido à paralisação dos servidores técnicos e administrativos, em greve desde 21 de maio, ainda não tem data para ocorrer. A administração da universidade informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não sabe se o calendário acadêmico sofrerá outras mudanças em decorrência da paralisação dos professores. A reitoria da UFMG alegou que não foi comunicada formalmente sobre a greve.

Filiados à Federação de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), em nível nacional, e ao Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh), em nível estadual, os docentes da UFMG apresentam reivindicações semelhantes às dos colegas das outras instituições mineiras em greve, associados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que decretou a paralisação em 17 de maio. Os professores da UFMG também pedem reestruturação da carreira e aumento do piso salarial para 20 horas semanais, mas o valor pretendido pela Andes-SN (R$ 2.329) é menor do que o recomendado pela Apubh (R$ 2.700).
Saiba mais...
“O piso atual é de apenas R$ 1.541,52”, afirma o presidente do Apubh, João Maurício Figueiredo. “Desde 2009, o governo federal fala em discutir carreira e recomposição salarial, mas não apresentou nada. A categoria se cansou de esperar”, explica. Na terça-feira, dia da paralisação, os professores se reúnem novamente às 9h no auditório da Reitoria da UFMG, para rediscutir as pautas e definir novos encaminhamentos para a greve. Os docentes prometem se reunir em várias unidades da instituição para convencê-los da importância de aderir ao movimento.

NEGOCIAÇÃO

No fim da tarde de ontem, diretores da Andes-SN e do Proifes se reuniram com representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Até o fim da noite, o encontro não havia se concluído. A expectativa dos grevistas era de que o governo apresentasse proposta de reestruturação da carreira docente, reabrindo as negociações. “Em substituição à carreira atual, com muitos níveis, defendemos uma estrutura mais simples, que valorize o trabalho docente e permita um ensino de qualidade. Para isso precisamos também de condições de trabalho, de salas de aula, laboratórios, bibliotecas”, explicou Marina Barbosa, presidente do Andes-SN.

Os professores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) haviam aprovado indicativo de greve na semana passada, mas, em assembleia ontem, rechaçaram a paralisação. “A Unifei não entrará em greve e, pelo menos até o segundo semestre, não se toca no assunto. Temos esperança de que o governo apresente, de fato, uma proposta de reestruturação da carreira”, justifica o presidente do sindicato dos docentes da universidade, Agenor Pina. “Além disso, como o final do período letivo está próximo, não seria prudente fazer uma greve agora, isso prejudicaria muito os alunos”, salientou.

Meso dos estudantes

Nas universidades em greve os alunos já sentem os prejuízos. Giovane Fonseca, de 20 anos, cursa o 5º período de engenharia química na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Antes da greve, ele havia decidido ocupar as férias com um intercâmbio de três meses nos Estados Unidos, de dezembro deste ano a fevereiro de 2013. O problema é que, com a paralisação, o próximo período letivo, que se concluiria em novembro, deve se estender pelo menos até dezembro. Para não cancelar o intercâmbio, ele resolveu trancar a matrícula no próximo semestre.

“No 6º período do curso, há matérias ministradas apenas no segundo semestre. Por isso, quando voltar, não vou poder pegar algumas matérias do currículo. A greve vai atrapalhar minha grade toda nos próximos anos. Vou ter de correr atrás do tempo perdido, mas acho que minha formatura vai ser adiada”, afirmou Giovane.

“O pior é que você não sabe quando vai terminar a paralisação, a gente fica sem saber quando vai se formar. Pode ser que a gente perca o semestre”, afirma Adriano Soares, de 22, estudante do 7º período de engenharia mecânica na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). “Sem aulas, é inviável estudar as matérias em casa. Não contamos com o acompanhamento do professor”, justifica.

Graduanda do 7º período de história da UFSJ, Raína de Castro Ferreira, de 21, teme não conseguir se formar no fim do ano. “Acho muito justa a causa defendida pelos professores, mas é claro que a greve prejudica o andamento da nossa grade acadêmica e atrasa o calendário”, constata. Ela garante que consegue estudar “por fora” os assuntos previstos nas ementas das disciplinas.

ONZE ESCOLAS PARADAS EM MG
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Universidade Federal de Lavras (Ufla)
Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Universidade Federal de Alfenas (Unifal)
Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG)