terça-feira, 24 de julho de 2012

R7: Professores rejeitam mais uma vez proposta do governo e greve continua

publicado em 23/07/2012 às 19h30:

Professores rejeitam mais uma vez proposta do governo e greve continua

Não há previsão para retorno das aulas nas universidades federais

Maria Carolina Lopes, do R7, em Brasília

Representantes de professores e governo não chegaram a um acordo sobre a greve nas universidades e institutos federais, que já dura dois meses. Em reunião na tarde desta segunda-feira (23), grevistas reafirmaram que professores de todo o Brasil rejeitam a proposta do governo, que oferece até 45% de aumento salarial ao longo de três anos.


De acordo com a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, o governo não pretende avançar na proposta salarial. O reajuste representaria R$ 3,9 bilhões de impacto no orçamento federal. O governo também pode cortar os salários dos grevistas, caso as universidades enviem ao ministério os dados dos professores que aderirem à paralisação.


Por outro lado, o governo estuda outras propostas apresentadas pelo movimento grevista. A presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Marinalva Oliveira, explica que a principal reivindicação diz respeito à progressão de carreira.
— Nós reivindicamos correção de distorções para que não haja perdas salariais. A proposta atual traz perdas a três quartos da categoria, beneficiando apenas 5%. Além disso, impõe barreira à progressão dos professores. Por isso, 58 associações sindicais rejeitaram a proposta.
Segunda o Andes, enquanto um professor assistente 2, que tem mestrado, receberia 46,2% a mais pela dedicação exclusiva, o professor titular doutor teria o acréscimo de 130% e o professor auxiliar, 54%.



Grupo de trabalho

Para resolver o impasse, o secretário de ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, sugere a criação de um Grupo de Trabalho entre entidades que representam as instituições de ensino, universidades e governo.

— Creio que devemos montar um grupo de trabalho para identificar quais são os pontos centrais da proposta e as exigências. Mas o governo está aberto a um acordo de progressão.


As negociações continuam nesta terça-feira (23). A greve das federais começou no dia 17 de maio e afeta 59 universidades e 36 institutos de educação.

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