terça-feira, 17 de julho de 2012

GAZETA DO OESTE (DIVINÓPOLIS): Manifestação de alunos e professores percorre o centro de Divinópolis

Manifestação de alunos e professores percorre o centro de Divinópolis

Divinópolis | Terça-feira, 17 de julho de 2012 - 15h 03
Por: Mariana Gonçalves
Na manhã de ontem (16), professores e alunos das duas instituições paralisadas na cidade se reuniram em uma caminhada de protesto a proposta apresentada pelo governo
A greve dos Institutos Federais completa hoje 60 dias, com 95% das instituições paradas em todo o país. Na manhã de ontem (16), professores e alunos das duas instituições paralisadas na cidade se reuniram em uma caminhada de protesto a proposta apresentada pelo governo na última sexta feira (13). Os manifestantes percorreram as principais ruas do centro de Divinópolis.

A greve é composta por duas classes trabalhistas, a dos professores federias, e a dos técnicos. Marina da Silva, técnica administrativa, conta que ainda o governo não fez nenhuma proposta para os técnicos em greve. “Os professores já começaram a negociar, porém conosco não, a última vez que nós conseguimos um reajuste foi em 2007. E esse reajuste foi dividido em três vezes, nós recebemos em 2008, 2009 e 2010 e depois acabou. Estamos 2011 e 2012 sem aumento, e se nós não entrar-mos agora no orçamento deste ano, em 2013 nós ficaremos sem aumento novamente”, afirma Marina.
A classe dos técnicos, aderiu a greve há 20 dias. Em busca de aumento salarial e melhores condições de trabalho, e esperam uma negociação por parte do governo. Ainda segundo Marina, além do reajuste salarial, os professores pedem o reajuste dos 10% do PIB, destinados a educação. “A contratação urgente de mais técnicos, por exemplo a UFSJ, já tem uma demanda de 133 técnicos. Então se você levar essa demanda, para âmbito Nacional , dá para perceber o tanto de servidor que está faltando”, completa a Técnica Administrativa da UFSJ.

Já, os professores dos Institutos Federais, estão desde o dia 16 de maio paralisados, e após várias reuniões desmarcadas pelo Governo, na última sexta feira (13), o Ministério de Planejamento, apresentou uma proposta aos servidores, “proposta essa, que é contrária a reestruturação da carreira. Que é um dos pontos principais que nós estamos reivindicando. Não apresentou nada de novo (o Governo) em relação a melhoria da qualidade de ensino, da infraestrutura das universidades, das escolas”, explica Josias Gomes Ribeiro, professor.

De acordo com o professor, Josias Gomes, o governo diz que o aumento concedido a classe, é de 45%, mas, o que afirma o educador, é que a proposta de aumento está bem abaixo dos 45% apresentados na mídia pelo gestão.

A próxima reunião entre os grevistas e o governo está marcada para o dia 26 deste mês, até esta data, a greve ainda segue em frente.

SITUAÇÃO DOS ALUNOS

Para muitos alunos o semestre está com os dias contados para o final. A situação dos Institutos Federais que até o momento permanece em greve, deixa vários alunos apavorados com a ideia de perder o ano letivo. Segundo Marina da Silva, a greve não irá prejudicar aos alunos, a técnica administrativa, ainda coloca que, a greve não é feita para prejudicar os alunos. “Os alunos não irão ficar prejudicados, a questão do calendário ainda da tempo, isso é , se o governo for rápido, ainda da tempo de recuperar, perder um semestre é muito ruim pra todo mundo. A gente não faz greve para prejudicar aluno. Greve é a nossa última opção, quando o governo não dá mais possibilidades, é que a gente começa a greve”,finaliza.

Alguns estudantes que estavam participando da manifestação pediram junto aos professores, uma solução para que a greve termine logo. O estudante, Vitor Rios, conta que mesmo não sendo o objetivo da greve, prejudicar os alunos, essa medida acaba interferindo diretamente na vida acadêmica dos estudantes. “Nós vamos ter agora, dois bimestres para cobrir três. Vamos perder as férias, e ainda vamos ter aulas no sábado” afirma.

Outro que também não está satisfeito com a paralisação, é o estudante Rodrigo Bernadine de Oliveira, “a gente já está há dois meses parados, e mesmo se as aulas voltarem agora, nesse exato momento, a gente vai ter um atraso muito grande porque ainda agora só temos mais um bimestre. Tem que adiantar toda matéria além de ter-mos que estudar em janeiro”,finaliza.

Um comentário:

  1. Parabéns colegas professores pela brilhante manifestação. Cumprimento o valente Prof Josias, sempre presente nas lutas por melhoria do CEFET em Divinopolis.

    Joao Pirfo

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