À SOCIEDADE BRASILEIRA
Por
que os(as) professores(as) das instituições federais estão em greve?
A defesa do ensino público, gratuito
e de qualidade é parte essencial da história do Sindicato Nacional das
Instituições de Ensino Superior (ANDESSN), assim como a exigência da população
brasileira, que clama por serviços públicos, com qualidade, que atendam às suas
necessidades de saúde, educação, segurança, transporte, entre outros direitos
sociais básicos.
Os(as) professores(as) federais
estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de
uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes têm na
vida da população brasileira.
O governo vem usando seguidamente o
discurso da crise financeira internacional como justificativa para cortes de verbas
nas áreas sociais e para rejeitar todas as demandas feitas pelos servidores
públicos federais por melhores condições de trabalho, remuneração e,
consequentemente, qualidade no serviço público.
A situação provocada pela priorização
de investimentos do Estado no setor empresarial e financeiro causa impacto no
serviço público, afetando diretamente a população que dele se beneficia.
Os professores federais estão em greve
em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira
digna, que reconheça o importante papel que os docentes federais tem na vida da
população brasileira.
Pela
reestruturação da carreira.
Há anos os(as) professores(as) vêm
lutando pela reestruturação do Plano de Carreira da categoria, por acreditarem que
essa reivindicação valoriza a atividade docente e, dessa forma, motiva a
entrada e permanência dos profissionais nas instituições federais de ensino .
No ano passado, o ANDESSN assinou um acordo emergencial com o governo, que
previa, como um dos principais pontos, a reestruturação da carreira até 31 de
março. Já estamos na segunda quinzena de maio e nada aconteceu em relação a essa
reestruturação.
Para reestruturação da carreira atual,
desatualizada e desvirtuada conceitualmente pelos sucessivos governos, o
ANDES-SN propõe uma carreira com 13 níveis, variação remuneratória de 5% entre
níveis , a partir do piso para regime de trabalho de 20 horas, correspondente
ao salário mínimo do DIEESE (atualmente calculado em R$2.329,35) A| valorização
dos diferentes regimes de trabalho e da titulação devem ser parte integrante de
salários e não dispersos em forma de gratificações.
Pela
melhoria das condições de trabalho nas Instituições Federais.
O começo do ano de 2012 evidenciou a
precariedade de várias instituições. Diversos cursos em Instituições Federais
de Ensino – IFE tiveram seu início suspenso ou atrasado devido à precariedade
das Instituições.
O quadro é muito diferente do que o
governo noticia. Existem instituições sem professores, sem laboratórios, sem salas
de aula, sem refeitórios ou restaurantes universitários, até sem bebedouros e
papel higiênico, afetando diretamente a qualidade do ensino.
Ninguém deveria ser submetido a
trabalhar, a ensinar ou a aprender num ambiente assim. Sofrem professores,
estudantes e técnicos administrativos das Instituições Federais de Ensino. E
num olhar mais amplo, sofre todo o povo brasileiro, que utilizará dos serviços
de profissionais formados em situações precárias e que, se ainda não têm, pode
vir a ter seus filhos estudando nessas condições.
Por isso convidamos todos a se juntarem
a nossa luta. Essa batalha não é só dos(as) professores(as), mas de todos
aqueles que desejam um país digno e uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Para saber mais sobre a greve e as negociações
com o governo acesse:
www.andes.org.br
A Educação pública gratuita e
de qualidade é um direito de todos e
dever do Estado.
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