Em Minas, greve afeta quase
totalidade das universidades federais
Professores iniciaram paralisação em vários estados
por tempo indeterminado. UFMG e Unifei informaram que não houve adesão.
Do G1 MG
Professores de universidades federais de Minas
Gerais aderiram à greve nacional da categoria iniciada nesta quinta-feira (17),
de acordo com informações das instituições e de entidades que representam os
docentes. Segundo a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior
(Andes), em Minas, a paralisação foi seguida pelas universidades federais do
Triângulo Mineiro, de Uberlândia, Viçosa, Lavras, Ouro Preto, São João del Rey,
dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri , além do Instituto Federal de Minas Gerais
(Cefet). Ao G1, a Universidade Federal de Alfenas e de Juiz de Fora
também confirmaram que houve adesão à paralisação.
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
No início da noite desta quinta-feira, o Ministério da Educação divulgou uma nota: "O Ministério da Educação informa que as negociações salariais com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) começaram em agosto passado, quando foi acertada a proposição de um reajuste salarial linear de 4%, a partir de março de 2012. Entretanto, diante da lenta tramitação do projeto de lei proposto pela Presidência da República ao Legislativo, o ministro Aloizio Mercadante interferiu diretamente junto a presidenta Dilma Rousseff, no sentido de retirar o PL e transformá-lo em Medida Provisória.
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
No início da noite desta quinta-feira, o Ministério da Educação divulgou uma nota: "O Ministério da Educação informa que as negociações salariais com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) começaram em agosto passado, quando foi acertada a proposição de um reajuste salarial linear de 4%, a partir de março de 2012. Entretanto, diante da lenta tramitação do projeto de lei proposto pela Presidência da República ao Legislativo, o ministro Aloizio Mercadante interferiu diretamente junto a presidenta Dilma Rousseff, no sentido de retirar o PL e transformá-lo em Medida Provisória.
A MP foi assinada na sexta-feira, 11, e publicada
no Diário Oficial na segunda, 14, assegurando o reajuste de 4% retroativo ao
mês de março, além das gratificações específicas do magistério superior (Gemas)
e de atividade docente do ensino básico, técnico e tecnológico (Gedbt).
Com relação ao plano de carreira dos professores e
funcionários, a negociação prevê sua aplicação somente em 2013. Os recursos
devem ser definidos na LDO até agosto deste ano, o que significa que há prazo e
prioridade. As negociações com o Ministério do Planejamento e as representações
sindicais seguem abertas".
Capital e Região Central
O estado tem 11 universidades federais, segundo o MEC. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ficou de fora da mobilização. Nos campus em Belo Horizonte e em Montes Claros, as aulas foram normais nesta quinta-feira (17), segundo a assessoria da universidade.
Os docentes da UFMG são representados pelo Sindicato de Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros, conhecida como APU-BH. A entidade informou que não está ligada à Andes, que fez a convocação para a greve nacional, e que vai aguardar o governo apresentar um proposta final para a carreira dos docentes. Caso o prazo seja protelado para depois de 31 de maio ou se a proposta não for satisfatória, a entidade defende a adesão à greve, de acordo com o presidente da APU-BH, José Siqueira.
Na Região Central do estado, professores aderiram ao movimento na Universidade Federal de São João del Rei. A instituição também tem campus em Divinópolis, na Região Centro-Oeste.
O estado tem 11 universidades federais, segundo o MEC. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ficou de fora da mobilização. Nos campus em Belo Horizonte e em Montes Claros, as aulas foram normais nesta quinta-feira (17), segundo a assessoria da universidade.
Os docentes da UFMG são representados pelo Sindicato de Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros, conhecida como APU-BH. A entidade informou que não está ligada à Andes, que fez a convocação para a greve nacional, e que vai aguardar o governo apresentar um proposta final para a carreira dos docentes. Caso o prazo seja protelado para depois de 31 de maio ou se a proposta não for satisfatória, a entidade defende a adesão à greve, de acordo com o presidente da APU-BH, José Siqueira.
Na Região Central do estado, professores aderiram ao movimento na Universidade Federal de São João del Rei. A instituição também tem campus em Divinópolis, na Região Centro-Oeste.
De acordo com o presidente da Associação dos
Docentes da Ufop (Adufop), professor David Pinheiro Júnior, a decisão de
suspender as atividades foi tomada em assembleia nesta terça-feira (15).
Pinheiro não soube especificar a quantidade de professores parados, mas disse
que a maioria está em greve.
Além de universidade federais, a greve atingiu
também o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), na
capital.
Centro-Oeste
Em Divinópolis, no Centro-Oeste, mais de 100 professores aderiram à greve e cerca de 1.300 alunos do campus Dona Lindu da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ) vão ficar sem aula por tempo indeterminado.
Jequitinhonha e Mucuri
Os professores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) também entraram em greve nesta quinta-feira (17). De acordo com o sindicato que representa os docentes do campus localizado em Diamantina, a maioria da classe aderiu à greve, afetando cerca de 3,5 mil alunos. Dentre as reivindicações estão a melhoria das condições de trabalho e a contratação de professores. A paralisação é por tempo indeterminado, segundo o sindicato.
Em Divinópolis, no Centro-Oeste, mais de 100 professores aderiram à greve e cerca de 1.300 alunos do campus Dona Lindu da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ) vão ficar sem aula por tempo indeterminado.
Jequitinhonha e Mucuri
Os professores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) também entraram em greve nesta quinta-feira (17). De acordo com o sindicato que representa os docentes do campus localizado em Diamantina, a maioria da classe aderiu à greve, afetando cerca de 3,5 mil alunos. Dentre as reivindicações estão a melhoria das condições de trabalho e a contratação de professores. A paralisação é por tempo indeterminado, segundo o sindicato.
Já no campus em Teófilo Otoni, os professores estão
em estado de greve há dois dias, segundo a Associação dos Docentes do Mucuri. A
entidade informou que, nesta terça-feira (22), haverá uma assembleia para
decidir sobre a paralisação. Além da pauta unificada, a categoria pede
melhorias na estrutura do campus e a contratação de professores. Segundo a
associação, o acesso ao campus fica inviável com as chuvas devido à falta de
pavimentação. Ele reclama também da falta de restaurante e dormitórios para os
alunos.
Sul
A Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e a Universidade Federal de Lavras (Ufla) decidiram aderir à greve nacional da categoria. Na Unifal, apenas os serviços de laboratório e odontologia para pacientes de câncer continuam funcionando no campus de Alfenas (MG). Uma reunião com o colegiado está marcada para a próxima segunda-feira (21).
Sul
A Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e a Universidade Federal de Lavras (Ufla) decidiram aderir à greve nacional da categoria. Na Unifal, apenas os serviços de laboratório e odontologia para pacientes de câncer continuam funcionando no campus de Alfenas (MG). Uma reunião com o colegiado está marcada para a próxima segunda-feira (21).
Na Ufla, a greve foi aprovada na assembleia
reailzada na última segunda-feira (14). A adesão é de toda a classe. Segundo a
assessoria de imprensa da universidade, aproximadamente nove mil alunos ficaram
sem aulas e 500 professores cruzaram os braços nesta quinta-feira (17). A Ufla
oferece 30 cursos de graduação – 24 presenciais e seis a distância –, 48 de
pós-graduações, 28 de mestrados e 20 de doutorados. Uma reunião vai avaliar os
rumos que o movimento deve tomar.
A assessoria de imprensa da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) informou que nenhum dos 410 professores aderiu à greve. A instituição atende cinco mil alunos.
Triângulo Mineiro
Em Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro, as atividades estão paralisadas e sem previsão de retorno. Na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com campus em Uberaba, os educadores fizeram uma reunião nesta quinta-feira (17). Uma passeata percorreu as ruas do Centro para protestar e explicar o objetivo do movimento. Segundo a professora Juliana Brertucci Barbosa, membro do comando da greve da UFTM, os alunos da instituição também aderiram ao movimento e os servidores devem entrar em greve a partir de junho.
A assessoria de imprensa da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) informou que nenhum dos 410 professores aderiu à greve. A instituição atende cinco mil alunos.
Triângulo Mineiro
Em Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro, as atividades estão paralisadas e sem previsão de retorno. Na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com campus em Uberaba, os educadores fizeram uma reunião nesta quinta-feira (17). Uma passeata percorreu as ruas do Centro para protestar e explicar o objetivo do movimento. Segundo a professora Juliana Brertucci Barbosa, membro do comando da greve da UFTM, os alunos da instituição também aderiram ao movimento e os servidores devem entrar em greve a partir de junho.
Segundo a Associação dos Docentes da Universidade
Federal de Uberlândia (Adufu), mais da metade dos professores aderiu ao
movimento na UFU. Ainda de acordo com a Adufu, só este ano a categoria fez três
paralisações na cidade para chamar a atenção do governo, que não atendeu as
reivindicações da classe.
Zona da Mata
A assessoria de imprensa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) informou que a instituição aderiu, nesta quinta-feira (17), apenas a uma paralisação. Os professores entrarão em greve, conforme a assessoria, na próxima segunda-feira (21). Mais de 20 mil alunos estudam na universidade. Em Viçosa, os professores também aderiram ao movimento.
A assessoria de imprensa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) informou que a instituição aderiu, nesta quinta-feira (17), apenas a uma paralisação. Os professores entrarão em greve, conforme a assessoria, na próxima segunda-feira (21). Mais de 20 mil alunos estudam na universidade. Em Viçosa, os professores também aderiram ao movimento.
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